nem um
gesto nem voz nem pensamento
terrível como a foz do grande rio
onde vai dar algures o esquecimento.
Nem branco ou negro nem sequer cinzento
um calor sem calor. Frio sem frio.
Não há nada por fora. E nada dentro.
Não é menos nem mais. É só vazio."
terrível como a foz do grande rio
onde vai dar algures o esquecimento.
Nem branco ou negro nem sequer cinzento
um calor sem calor. Frio sem frio.
Não há nada por fora. E nada dentro.
Não é menos nem mais. É só vazio."
Manuel
Alegre, "O vazio"
O "vazio" tem de ser
preenchido mesmo que não se tenha nada de importante para dizer…temos
desejos e necessidades diferentes, mas se não descobrirmos o que queremos de nós
mesmos e o que nós defendemos, vamos viver passivamente vazios.
27 comentários:
Eu não tenho nada de importante para dizer.Ou acho que não tenho...mas isso não tem nada a ver com o vazio ou com dúvidas acerca do que quero,do que sou e do que defendo.Tenho dúvidas,é claro,mas em doses salutares.Por exemplo,a humildade e a subserviência são confundidas muitas vezes.Isso é horrível!
Mas porque razão o senhor deseja tanto os meus comentários?
Algumas pessoas que se dizem "anti-sociais", costumam a criticar tanto a si mesmas quanto as pessoas ao seu redor. Elas evitam a interação social porque estão por um lado com medo de serem julgados pelos outros, e, por outro lado (ironicamente) são extremamente críticas em relação aos outros. Para poder ser uma pessoa mais sociável, é importante aceitar que todos, independente do que possam parecer externamente, tem qualidades tanto positivas, quanto negativas. O que separa as pessoas confiantes das inseguras é a atitude que elas têm em relação a si mesmas. Pessoas confiantes e sociais costumam se concentrar em suas qualidades positivas e das pessoas ao seu redor, enquanto as pessoas inseguras e anti-sociais concentram-se em seus próprios defeitos e nos de outras pessoas.
Til, narrar é criar, pois viver é apenas ser vivido.
essa Til passou-se da mona...primeiro tem um Blog com o nome "Pessoa importante chegou" e depois em resposta a um coment. do Leg. diz que não é nada sociável, que grande contradição do caneco hehehehe
isto anda um pouco vazio por aqui.
Chh...mais vale não fazer barulho: doidas à solta!!!
Certinho, mas muito verdadinha é que hoje ainda vou enfiar a mangueira na Célia, vai ser uma festa à capitão.
Hoje está sol, as andorinhas andam a voar...e aqui está-se a trabalhar!
Bon dia confrades. Logo duns días con o ordenador fora de servizo e xa vexo que continuamos sen novas do lider, así que non hai ningunha cea prevista.
Ata loguiño.
E para quem ainda está a pensar na cama, aqui fica este poema de Drummond:
O que se Passa na Cama
O que se passa na cama
é segredo de quem ama.
É segredo de quem ama
não conhecer pela rama
gozo que seja profundo,
elaborado na terra
e tão fora deste mundo
que o corpo, encontrando o corpo
e por ele navegando,
atinge a paz de outro horto,
noutro mundo: paz de morto,
nirvana, sono do pénis.
Ai, cama, canção de cuna,
dorme, menina, nanana,
dorme a onça suçuarana,
dorme a cândida vagina,
dorme a última sirena
ou a penúltima... O pénis
dorme, puma, americana
fera exausta. Dorme, fulva
grinalda de tua vulva.
E silenciem os que amam,
entre lençol e cortina
ainda húmidos de sémen,
estes segredos de cama.
Carlos Drummond de Andrade, in 'O Amor Natural'
Ouvi falar em cama e …
Crepita, libida, reflectida num prazer pulsátil que lambe as mais recônditas amarras.
Sensorial, estimulante, resplandece o lado profano do sangue que pulsa nas veias.
Acolhe todo o sabor do suor suspenso na carne. Acolhe todas as feridas. Todos os medos. Todos os desafios.
Esta é a cama onde todos os desejos se cruzam e nos levam ao mais digno dos prazeres.
"...a cama onde todos os desejos se cruzam e nos levam ao mais digno dos prazeres."
muito bem Anonyma, muito bem...o calor dilata os corpos :))
…o contacto da pele, os suores, os lábios, o beijo na boca, o beijo no corpo. A língua correndo arrepios, o contacto de dedos, a excitação, a expectativa, o despudor, o corpo aberto, a nudez, a visão, a humidade. Um sorriso nervoso. O toque, o roçar do corpo. O corpo que endurece, o corpo que molha. Os gemidos. O corpo que entra, o que se deixa entrar, a frente e o verso, o que se mexe e se vira, o que explode, o que recebe. O gosto ácido, o gosto bom. Espasmos, tremores, a boca que chupa, as bocas que chupam. o aperto nos seios, a mordida de leve, os dedos que correm mais fortes, as pernas que tremem, espasmos, a mistura , o entrelace, o coração disparando, os gemidos, o impudor, a saliva, o cheiro, o prazer, a cama, o chão, em pé, deitado, de joelhos, um corpo pra lá, outro pra cá.. …e mais, muito mais…hoje a Primavera finalmente entrou em mim com todo prazer!
se a vizinha do 1º Dt já ficou hoje assim...para a semana à priori estarão as temperaturas mais altas, então ai vai ser bonito, vai vai!
Por Vénus
Corpos cobertos de prazer
Atraem-se pelo belo do amor
Enlouquece a carne de desejo.
Faz do sangue cálice espumante de fervor
Desvaira a alma
A sede aparentemente insana
Cessa no doce suor
Que de nós exala
Faz do corpo escravo.
Vai vem enigmático
Corpo ou alma?
Gelo ou brasa?
E mais tarde...
Quando a emoção é tanta
Os corpos explodem
E a gigante gana
Se desfaz em gozo.
Calados. Saciados e presos na odisseia do amor que nos liberta do mundo!
Parece que não foi só a temperatura que subiu :)))
O calor aperta
a sede desperta
quero abraços frescos
companhia refrescante
água isenta de calorias e compostos indesejados
finalmente um fim de semana com SOL!
Fai moito tempo que non había unha fin de semana sen chuvia.
Comecei novamente a trabalhar ao sábado e domingo até meio de Setembro, de maneira que o fim de semana para mim será à segunda e terça!
A fin de semana é cando un home quere.
à priori lá vão muitos como se fossem rebanhos até à praia ver as vistas...
Diz-se com frequência que as agruras da vida são limões ácidos e que todos temos o poder de os transformar numa saborosa limonada...
Um poema de Brecht para o 1º Maio
ELOGIO DA DIALÉCTICA
A injustiça avança hoje a passo firme.
Os tiranos fazem planos para dez mil anos.
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são.
Nenhuma voz além da dos que mandam.
E em todos os mercados proclama a exploração: isto é
apenas o começo.
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem:
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos.
Quem ainda está vivo nunca diga: nunca.
O que é seguro não é seguro.
As coisas não continuarão a ser como são.
Depois de falarem os dominantes.
Falarão os dominados.
Quem pois ousa dizer: nunca?
De quem depende que a opressão prossiga? De nós.
De quem depende que ela acabe? Também de nós.
O que é esmagado, que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha?
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
E nunca será: ainda hoje.
BERTOLT BRECHT (1898-1956)
(do livro «Beltolt Brecht – Poemas», Editorial Presença, Janeiro de 1976)
E hoje também se celebra o Dia da Mãe!
Muito bem se canta nesta freguesia e se eu tivesse dinheiro já sei onde é que ia.
o filante é 1 tratante hahahahahah
Ola amiguinhos
tenho andado um pouco afastado mas a vida assim obriga.
Jantar Sexta feira dia 20 de Maio o que dizem.
olha, olha vai haver jantar, eh eh eh eh eh
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