Pergunto, ao tempo que passa,
se há quem governe o País!...
E o tempo mostra a desgraça,
que o Governo desdiz!...
Pergunto aos "boys" que levam
a massa nas algibeiras
e os "boys" ao roubo se entregam
- levam tudo, sem maneiras!...
Roubam sonhos, geram mágoas!...
Ai pobre do meu País!
Mergulhado em turvas águas,
seu fim está por um triz!...
Quem o pobre Povo esfola,
pede meças a quem diz
que um País, que pede esmola,
continua a ser feliz!...
Pergunto à fome, que grassa,
por quem lhe roubou o pão.
- Logo os golpes de trapaça
dá como sendo a razão!...
Vi florir grandes fortunas,
com os montantes roubados,
sem terem, como oportunas,
punições para os culpados!...
E o tempo não muda nada!
Ninguém faz nada de novo!
Vejo a pátria acabrunhada,
com a cruz, que leva o Povo!
Vejo a Pátria na voragem
dos que andam a roubar,
cobertos p'la sacanagem
dos que dizem governar!..
Vejo gente a partir,
Em busca doutras paragens,
que lhe possam garantira vida,
com outras margens!...
Há quem te queira enganada,
ó Pátria do desalento
e fale por ti, coitada!
Entregue estás a um jumento!...
E o tempo, em derrocada,
num ruído cacofónico,
vai aumentando a parada
de delírio histriónico!...
Ninguém faz nada de novo
e o dinheiro que vai fugindo!...
Nas mãos vazias do Povo,
fica a miséria florindo!...
E a noite torna-se densa,
de fantasmas e desdita!...
Peço notícias ao tempo
e ele só nos mortifica!...
Há sempre uma alcateia,
que agudiza a desgraça!
Há sempre alguém que semeia
injustiça e muita trapaça!...
Neste tempo de trapaça,
com personagens tão vis,
só mesmo com arruaça,
p'ra lhes partir o nariz!...
Mesmo na noite mais triste,
em tempo de podridão,
Coelho ainda resiste,
com a lábia de aldrabão
17 comentários:
Este país de modas e novos-ricos tem os governantes que merece.
A República é uma farsa e já deixou de haver moral e dignidade.
Pelo regresso da Monarquia e dos valores tradicionais.
Anda muito povo com vontade de partir o nariz a muitos destes politicos fdp!
VAMOS a eles, CARALHO!
Vlad foi avistado na av central onde às 15:00 se vai realizar a manifestação
Legionário AO RUBRO com este post
Gonza, Neca, Zé Gosma e Tone António presentes na manif. Um cliente do quintal do sr. José vai botar faladura para o povo.
"Se és capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
Ou lhes há-de dar para o sexo ou, então, dá-lhes para a poesia... E ainda por cima, poesia "revolucionária".
Sim-senhor, a revolução está garantida!
Eh!Eh!Eh!
Parece que o Povo finalmente está acordar!
...embora hoje a maioria dos comentadores estejam a drome.
O povo saiu à rua num dia assim
Foi o começo, Avô. Será preciso muito mais, será necessário ser muito melhor. Mas hoje, Avô, eu fiz aquilo com que sonhei tantas vezes: eu comecei mesmo a mudar o mundo
Sabes, Avô, hoje fui até à Avenida dos Aliados, no Porto. Fui juntar-me a tantos que, como eu, não quiseram ficar em casa desta vez e preferiram ser parte activa nesta luta por um país mais justo, um país mais solidário. Éramos tantos, Avô… Um mar de gente, de todas as idades. Vi crianças da idade do teu bisneto que não chegaste a conhecer, vi velhos da idade que terias hoje se a vida não te tivesse levado antes do tempo. Cruzei-me com homens e mulheres que podiam ser meus pais, que seguramente sacrificaram tanto para darem aos filhos a educação que muitos deles não tiveram e que, agora, os vêem sair do país em busca de um futuro que, aqui, já não têm.
Estavam lá gerações inteiras, Avô. Pais que levavam os filhos e filhos que levavam os pais. Avós que se apoiavam nos netos e netos que estavam ali também pelos seus Avós. Todos em luta serena e pacífica.
Fomos pacíficos mas não fomos silenciosos. Ouviram-se cânticos, gritaram-se palavras de ordem; bateram-se palmas e lançaram-se assobios; cantou-se o Hino, Avô, A Portuguesa, que sempre te encheu o peito. Empunharam-se cartazes com dizeres mais ou menos criativos. Tudo feito por gente que se recusa a desistir, que renega a resignação, que insiste em lutar.
Hoje, Avô, eu fiz aquilo que me ensinaste toda a vida: ergui bem alto a cabeça e exigi os direitos por que tanto lutaste. Hoje, a minha voz também se fez ouvir, contra o exagero, contra o sacrifício desmesurado, contra o retrocesso. Hoje, fui verdadeiramente tua neta: um soldado na luta incessante por um futuro melhor, mais digno, mais verdadeiro.
Foi o começo, Avô. Será preciso muito mais, será necessário ser muito melhor. Mas hoje, Avô, eu fiz aquilo com que sonhei tantas vezes: eu comecei mesmo a mudar o mundo.
Se cá estivesses, provavelmente ter-me-ias pedido cautela; assim, vieste comigo e a tua voz foi a minha voz, a tua força foi a minha força. Foi quando te senti em mim que me lembrei do cântico que tantas vezes cantámos no jardim da casa da aldeia: “…o povo é quem mais ordena…”. Também se cantou, Avô. Bem alto, como deve ser. O povo saiu à rua. E fez-se ouvir.
O PASSOS QUE SE FODA, AS MANIFESTAÇOES SEM ZARAGATA NÃO SAO MANIF. TEMOS QUE IRA A LISBOA TODOS OS TUGAS E PARTIR AQUELA MERDA TODA.
O Líder acordou de cú para o ar!
Deixe lá isso homem... Bem sei que hoje é segunda-feira, mas a semana passa depressa... Tenha calma!
Eu não sou tuga.
vamos ou não resolver esta balburdia que reina em lisboa?
reuniao no proximo repasto
o que fazer!
A capital que se foda, aquilo está entregue à pretalhada, cambada de mouros...
o moço continua a coçar os tubaros?
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