sábado, 2 de julho de 2016

Faits divers

UM DIA DE PRAIA, NUMA FAMÍLIA DE BETOS

Para começar, o beto não é um veranista que vá a qualquer praia. Vai apenas a praias seleccionadas, quais artigos gourmet de uma mercearia gourmet de um bairro gourmet.
Mas como seleccionar estas praias? Simples. Há muitas que já vêm de tradição. As famílias com mais de 17 apelidos, todos eles separados por hífenes, há séculos que para lá vão.
Depois é também preciso garantir que a plebe não vai para estas praias, porque já se sabe que pobres é pior que pombos cheios de doenças. E por isso mesmo, têm de ser praias cujo acesso não possa ser feito por transportes públicos e cujo preço da garrafa de água no bar não seja inferior a 10€. E assim sendo, salva-se a Comporta, São Martinho do Porto e mais meia dúzia delas no Algarve e no Porto.
O dia começa cedo. A mãe Tété vai acordar o Tomás Maria (Tommy), o Afonso Salvador (Fonfas), o Lourenço Sebastião (Sebas), a Constança Matilde (Coca) e a Carlota Benedita (Bé). As ninhadas de betos são sempre muito grandes…aliás, nestes meios até fica bem. Ficam óptimos nas fotos e dão imenso jeito para a auto promoção da família nas revistas sociais.
Preparam pequenos lanches e guardam-nos nuns tupperwares lindíssimos, cheios de flores e com alarme anti-pobre incorporado para afastar sem-abrigo, que a tia Kiki faz agora no novo negócio de beta empreendedora. Atenção para não confundir com as marmitas com frango assado e pastéis de bacalhau com feijão-frade que se podem avistar na Costa da Caparica. Como as idades variam, os lanches vão desde pequenos rectângulos de pão integral sem glúten que amortecem dois a dois suaves fatias de fiambre de peru que cumprimenta só com um glu, com uma folha de alface-roxa e tomate querido, até umas deliciosas quiches de salmão pedante fumado em fumo de chá preto com cogumelos das Maurícias salteados em azeite e presunção em abundância, passando claro por suculentas tarteletes de Cerelac gourmet com frutos silvestres da Floresta Negra e pitadas de futuros cargos nas Jotas.
Lá chegam à praia. Quer dizer, chegam à entrada da praia e depois demoram mais  meia hora até se instalarem tal é a quantidade de amigos e primos que têm de cumprimentar – Olá, querida! ‘Ta boa? Que fato de banho giríssimo! Adoro os folhos! Foi a tia Ká que fez? – Foi! Não está o máximo? Ela abriu agora uma loja de biquínis com o dinheiro do marido, “supê” empreendedora! – E por aí fora.
Finalmente, encontram uma clareira na areia entre Bettencourt-Mello-dos-Santos-e-Silva e os Couttinho-Roquette-Relvas-Cunha-Vaz para instalar a sua sombrinha. Isso mesmo, adivinharam. E óbvio que a sombrinha foi feita pela tia Bábá que também tem uma marca e já não há paciência para falar disto e vocês já perceberam onde é que quero chegar.
A mãe aproveita a ocasião para carregar no protector solar em todas as criancinhas, e sempre com o factor máximo. Até era preferível  nem terem tirado as T-shirt, a bem da verdade. É que cancro da pele é chato, mas ficarem da cor das crianças romenas dos semáforos da Praça de Espanha é bem pior, um vexame completo.
Mergulhos mais tarde, as crianças vão brincar para a areia molhada. Enquanto uma delas vai chamar amiguinhos e lhes ordena que construam um castelo, outra trata dos processos burocráticos do registo predial, uma delas fica como administradora financeira do empreendimento, ainda outra implementa uma criação de cavalos e escola equestre, e a última, que quer ser actriz, faz de princesa. Claro que os seus trabalhos como engenheiro, advogado, gestor e agrónoma estão assegurados à nascença mas, ainda assim, é preciso começar já a praticar. A última é que virá a entrar no Chapitô e acabará deserdada.
Enquanto os mini-betos brincam, a betalhada já consagrada conversa (os jovens adultos desta sub-espécie não são aqui mencionados porque passam férias juntos, sem os pais, e nesta altura estão a ressacar da sua noite belíssima).
São bons momentos de conversa. Riem-se muito dos lesados do BES, choram de saudades e nostalgia dos tempos de Salazar quando tinham ainda mais terrenos e ficam perplexos quando ouvem falar das greves do Metro, porque nem sabiam que havia Metro.
O dia vai-se passando e o fim da tarde pede sangria de champanhe e frutos silvestres e canapés de lagosta no lounge chiq nice sunset amazing bar da praia. Os mini-betos são chamados para volta da mesa, não porque as mães tenham receio que se afoguem mas porque a conversa chegou à parte de exibicionismo das respectivas crias. E sempre com aquele ar de quem não dá muita importância, mas sem conseguir disfarçar bem o orgulho parental, começa o rol de “Ai, o meu Fonfas com 3 anos já fala mandarim, toca piano e dá aulas de catequese”, “Ai, a minha Coca de 16 anos já fuma, já sabe sacar gajos no Main com apelidos decentes e já sabe que antes do casamento só vale anal porque não é pecado.” Se calhar esta última parte eles não admitem em voz alta, mas sabem-no.
Enfim, o crepúsculo chega e a betalhada tem de recolher aos seus castelos. Há banhos a tomar para tirar a areia, o sal e aquela camadinha de hipocrisia depois de um dia inteiro a fingir que se gosta de toda a gente. 

UM DIA DE PRAIA, NUMA FAMÍLIA DE MITRAS

O mitra é uma espécie completamente diferente do beto. O mitra não vai a qualquer praia, essencialmente porque não pode e não por falta de vontade, e depois acaba por mascarar a inveja que tem dos betos com um falso orgulho nas praias que frequenta.
Assim sendo, a selecção de praias fica limitada àquelas com acesso por transportes públicos ou por carro próprio mas sem estradas de terra batida para não estragar os pára-choques dos carros rebaixados. Portanto, ficam a sobrar Carcavelos, aquelas do início da Costa da Caparica, aquela do jardim do Torel no meio de Lisboa e algumas caixas de areia dos jardins infantis.
O dia começa cedo. A mãe Sheila vai acordar o Rúben Tiago, o Wilson Gerson, o Fábio Mikael, a Soraya Vanessa e a Rute Miriam. As ninhadas de mitras são sempre muito grandes porque como orgulhosos desinformados nem sabem o que é um preservativo.
Preparam pequenos lanches e embrulham à balda em guardanapos meio sujos que sobraram do jantar do dia anterior na casa dos vizinhos. Aproveitam que lá foram e roubaram uma geleira que a deles é pequena e dá mais jeito para levar a erva e conservá-la fresca, nunca se sabe quando é que vão aparecer clientes sedentos por um charrinho na praia.
Apesar de as idades dos mitrinhas variarem, os lanches são iguais para todos e vai tudo corrido à clássica “sande” mista com queijo e fiambre, cujas embalagens só não foram roubadas por eles porque a mãe dos putos os apanhou a roubar mal. Portanto, começou aos berros para toda a gente no Minipreço achar que ela estava a educar os miúdos e depois acabou por ter de ser ela a roubar os pacotes e mais uns iogurtes com aroma a labrego. Se queres as coisas bem feitas, fá-las tu. Já dizia o Al Capone, ou o Escobar, ou o Ricardo Salgado. Já não sei bem quem disse isso mas foi um bandido do género.
Lá chegaram à praia. Quer dizer, chegam à entrada da praia e demoram mais meia hora até se instalarem. Não que cumprimentem muita gente, mas os cumprimentos demoram muito tempo porque são sempre um “combo” de gestos que inclui “high 5”, choque de punhos e mais uma série de sinaléticas manuais de fazer inveja a qualquer surdo. Portanto, depois de falarem a colegas do arrastão de 2005, a grandes companheiros dos “meets” de 2014 no Vasco da Gama e ainda a alguns irmãos de armas da claque do Olivais e Moscavide, lá acham um lugar para se sentar. De mencionar que também demoraram mais a escolher o lugar porque tem sempre de ser de difícil acesso para os polícias de bicicleta.
A criançada, já só de sunga e crucifixo de plástico, vai a correr para a água. – FÁBIO MIKAAAEEEEELLLLL! Anda cá, car*lho! Ca gente esqueceu-se-nos de te enfiar nos braços estas medras e tu ainda vais de focinho à água e ficas lá a afogar-te. Olha, também digo-te já Fábio Mikael, era um descanso! Que isto de alimentar tantos bezerros, f*da-se! Vai lá, vai…
A mãe aproveita esta ocasião para voltar a não pôr protector no Fábio Mikael. “Pode ser que o puto apanhe um “cancarozinho” na pele e a gente consiga mais um subsídio qualquer do Estado” – pensa ela.
Arrastões mais tarde, as crianças sossegam e ficam a brincar na areia molhada. Não sabem o que é um castelo, por isso fazem antes um cartel de areia. Dividem entre elas as tarefas de líder do cartel, controlador de logística no tráfico de conchas e pedrinhas, chefe de segurança (bater noutros meninos), responsável de recrutamento de mitrinhas para o gangue e a última, que não se revia nesta família, era a polícia. Anos mais tarde foi para a PJ e não verteu uma única lágrima quando prendeu o pai, os irmãos, a mãe e até a avó, que aquela velha era danada.
Enquanto os mitrinhas brincam, a mitralhada já cadastrada conversa (os jovens adultos desta sub-espécie não são aqui mencionados porque ficaram à janela do seu «cubico» a ver quem pára lá no bairro, ou foram dar giros nos seus “botes” para roubarem estações de serviço, ou quaisquer outras actividades tão divertidas quanto ilegais).
São bons momentos de conversa. Razoáveis, admitamos, porque eles não conseguem muito bem articular frases num discurso coerente, e às vezes nem sequer palavras suficientes conseguem articular para fazer uma frase. Mas lá falaram dos corruptos dos banqueiros e dos políticos, que conseguem roubar ainda mais que eles, falaram do seu Benfas e do filha de uma “ganda” p*ta que lhes roubou um penalty e cuspiram no aumento do passe do Metro e nesses gajos que lá fingem que trabalham e só querem é estar de greve.
O dia vai-se passando e o fim da tarde pede sangria de pacote do LIDL e umas pevides, para se fazer uma competição de quem consegue cuspir a casca para mais longe enquanto se apoia só na perna direita e aperta os testículos com a mão esquerda. Bom jogo.
Os mitrinhas são chamados para se juntarem ali à volta do porta-bagagens aberto onde se sentam os mitras, no seu “bote” no parque de estacionamento da praia. Os vários mitras amigos ali reunidos exibem as suas crias com um orgulho visceral. “Pá, este cabrãozinho aqui já bate nos colegas todos da turma. Mas também era o que faltava não bater, tem 10 anos e ainda está na primeira classe”, “E a minha mai nova? F*da-se c'orgulho! 14 aninhos e já está grávida. Sai mesmo à mãe!” e tantas outras semelhantes proezas embandeiradas em arco (agora é que lixei os mitras que estavam a ler esta crónica porque eles não sabem o que quer dizer esta expressão).
Enfim, o crepúsculo (outra) chega e a mitralhada tem de recolher aos seus bairros. Não há banhos para tomar, porque aquela camadinha de areia, sal e surro, se for bem grossa, os protege de facadas dos gangues rivais. Sempre são menos hipócritas no que diz respeito a fingir que gostam uns dos outros.

45 comentários:

Anónimo disse...

um Post longo mas que já deu para rir bastante lol

Labaredas disse...

Un día na praia...

Legionário disse...

Mais um dia de muito calor para o trabalhador!

Borat Sagdiyev disse...

eu cá prefiro a praia do deboche hehehehe

tipo enferrujado disse...

é preciso muito cuidado com os pés se andarem nas dunas!

Esposende por 1 canudo disse...

o confradeco Rebola foi avistado numa duna de cócaras a fazer de conta que estava a ler um jornal desportivo!!!

Nortadas disse...

e o vento levou todo o pivete hahahaha

Legionário disse...


E hoje acordou muita gente mais contente...devido à selecção de Portugal ter passado à final do Euro 2016.

De entre as brumas da memória, Portugal levantou de novo o seu esplendor!
Já não era sem tempo :))

Marquês de Pombal disse...

É altura de todos os doutores da mula ruça, tristes treinadores de bancada mas sempre bem pagos directa ou indirectamente, meterem a viola num saco, e engolirem um grande sapo devido às criticas que fizeram à Selecção na TV e na restante comunicação social!

Barandas disse...

E assim fiquei a saber que o tipo das baterias anda desaparecido, o Drácula está de vacâncias, o legionário passa os dias a micar as emigras, o Takanaca diz que não sabe de nada �� �� e o resto das tropas ��✈ .
Olé olé.

Robert de France disse...

e le Barandas passe le jour no relax hehehe

Specialized Stumpjumper FSR 6Fattie disse...

o moço Barandas anda muito enganado!!!

Legionário disse...

Pois bem, o comentário do Barandas de ontem está "mais ou menos correcto", o Vlad Dracul realmente está de vacances, quanto aos restantes Contribuidores registados do Blog só têm treta quando aparecem nos jantares e pelo que se sabe só comentam na futilidade do Facetreta!
Quanto a mim, os meus olhos actualmente estão mais focados no meu trabalho (embora também olhe para outras coisas, pois também há vida lá fora) e de vez em quando lá coloco um novo Post e dou um pouco de vida a este espaço.

Esposende por 1 canudo disse...

e por aqui está-se bemmmmmmmmmmmmm

Barandas 75 disse...

Hoje vi a Rosinha na avenida central e gostei de lhe micar o pacote����
Olá linda!!

zé da Arcada disse...

ui ui o verão é tão bonito não é?
enquanto o Barandas mica os pacotes eu olho para o decotes hehehe

Legionário disse...

Fim de semana de Verão, muitos de "papo para o ar"...por aqui trabalha-se!

vizinha do 1º Dt disse...



Sur la plage

La plage étincelle, fume
Et retentit, vaste enclume
Que les vagues et le vent
Couvrent de bruit et d'écume.
Je vais, selon ma coutume,
Le long du galet mouvant,
Les yeux au large, rêvant
Quelque rêve décevant
Salé de fraîche amertume.
Avec leurs doux cris joyeux
Et leurs mines ingénues,
De beaux enfants, jambes nues,
Se mouillent à qui mieux mieux.
De loin, les suit et les gronde
Une vieille grand-maman.
Une jeune femme blonde
Lit toute seule un roman.
Les légères mousselines
Des nuages vagabonds
Se déchirent aux collines.
Les grandes vagues félines
Se cabrent, puis font des bonds.
Et je contemple l'abîme ;
Et je voudrais, âme et corps,
Me mêler aux longs accords
Qui roulent de cime en cime.

*Émile Blémont (1839-1927)

Legionário disse...

Parece que o Blog está numa de silly season!!!

zé da Arcada disse...

os outros artistas devem estar no relax hehehe

pokemon disse...

o vlad vampirex foi avistado mas por aqui nadex

Legionário disse...

Muitos falam sobre como "matar o tempo" nas férias de Verão, enquanto o tempo serenamente os "mata"...

Arturinho das moscas disse...

O vampiro anda moito ocupado, en cuanto que poda escribirá máis.

zé da Arcada disse...

Anda muita gente na pasmaceira por estas esplanadas!

Tipo atento disse...

Eu nunca vi tantos pasmões juntos como nos tempos que correm.

Faroleiro disse...

Suíte de motel...

Santuário onde damos vazão

As nossas mais alucinantes fantasias

Sexo oral, anal, vaginal

Delírios, gemidos, sussurros

Risos, mordidas, lambidas e

Gozos alucinantes.

Tudo testemunhado por luzes negras,

espelhos, músicas, sauna, canal erótico

e roupas espalhadas pelo chão



Suíte de motel..

Palco do espectáculo a dois

Altar de grandes promessas
e juras de amor



Suíte de motel...

Cúmplice das nossas loucuras

Testemunha muda dos nossos
delírios de prazer

Protagonista da nossa intimidade

Espectador que se encanta e

Aplaude em silêncio

Todos os nossos delírios de amor.


Suite de motel...

parceira discreta de tudo

o que é feito em nome do amor!

ufa ufa disse...

só sei que o calor vai disparar por estas terras...

Rosinha disse...

No outro dia fui à praia
Estava cheia até mais não
Deitei-me ao lado do Rebola
Que tinha um grande colchão

Comecei a olhar p’ra bóia
E ofereci-me p’ra encher
Disse que tinha um buraco
Não sabia o que fazer

Depois de conversar
À conclusão fomos chegar
Que eu soprava no pipo
E ele com o dedo foi tapar

E foi assim todo o dia
Todo o dia, todo o dia
Eu com a boca no pipo
E ele com o dedo no buraco

Esposende por 1 canudo disse...

o que não faltam é Rosinhas nas praias hahaha

Tipo curioso disse...

Essa Rosinha é a mesma a quem o moço saltava ao pacote?

Robert de France disse...

por acaso vi esse gaje a obrar no meio das dunas, e esta Rosinha é outra pois é mais nova!

Tipo que sabe disse...

A especialidade desta Rosinha mais nova é bufar na gaita.

frei Vareta disse...

As praias são muito propicias aos mais variados actos sexuais!

Faroleiro disse...

então estando vento, e com a areia a entrar por tudo quanto é buraco é uma maravilha hehehe

Legionário disse...

O calor dilata os corpos, não haja dúvida...

Rosinha disse...

Tenho uma amizade colorida
Com o guitarra baixo dos James Arizona
Para cabeça aliviar
Espera pelo fim-de-semana
Para comigo ir pescar

Da linha ao carreto
Ao anzol bem afiado
Meu amigo tem sempre
O material bem oleado

E lá vamos nós
Chegamos pela fresquinha
Deito-me p ́ra descansar
Em cima de uma mantinha

E lá vem ele
De minhoca na mão
Pede para eu meter
Porque lhe faz impressão

Ai sou eu, sim sou eu
Quem põe a minhoca porque ele não é capaz
Ai sou eu, sim sou eu
Mas a minhoca não me satisfaz

O meu amigo colorido guitarra baixo
Dos James Arizona
Como bom pescador
Aos amigos mente sempre
Ai mente sim senhor

Diz que pesca muito
Que pesca até mais não
Até já disse
Que pescou um tubarão

Marquês de Pombal disse...

C'um Caneco hehehehe

Labaredas disse...

Isto vai um pagode do caraças...

Legionário disse...

E a culpa é da Rosinha :))

ufa ufa disse...

tá caloriiiiiiiiiii

Legionário disse...

Viver o instante que passa. Vivê-lo intensamente até à última gota de sangue. É um instante banal, nada há nele que o distinga de mil outros instantes vividos. E no entanto ele é o único por ser irrepetível e isso o distingue de qualquer outro.

Arturinho das moscas disse...

Hoxe hai unha proba de BTT no centro da cidade.

neca picheleiro disse...

vais participar Arturinho???

Arturinho das moscas disse...

Non podo porque estou a traballar, mais gustariame moito.

Marquês de Pombal disse...

A min agora vai me sabe ben unhas cervexas...